As ruas com as suas vitrinas são autênticos
palcos nos quais se encenam
os modi vivendi da sociedade

Ana Claudia de Oliveira

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Montra de Outono 2010

A montra é uma manifestação discursiva que não se restringe apenas à comunicação; abrange também uma construção textual de um mundo no qual um produto passa a existir por se colocar em relação com os que o percebem. Constrói-se, pois, uma encenação geradora de significado em que a montra é um espaço que significa e que faz por esse seu peculiar modo de existência.É pois a partir de materiais da própria natureza em conjunto com um par de pernas de um manequim que foi encontrado no lixo que se conseguiu uma ideia criativa para representar o Outono. A junção dos troncos de arvore com as pernas e a folhas feitas em cartolinas apresentam um novo produto desta forma a montra consegue captar atenção do transeunte.

Júlio Gonçalves


Montra Vazia


Uma montra vazia, desprovida de sentimentos, não passa de um aquário vazio sem significado. Caracterizar os comportamentos provocados pela montra, entendida como fonte de estímulos. Ela cria a curiosidade, na sua observação, fazendo com que o transeunte se desvie do seu percurso normal e, a vontade de querer saber mais sobre os produtos que ela expõe, a ponto de se sentir impelido a entrar no espaço de venda, provocando-lhe, nessa mesma curiosidade, desejo de compra ou não.
Observar as respostas a esses mesmos estímulos. Queremos estudar os tipos de alterações que eles provocam no observador da montra. Alterações no sentido da marcha que fazem o transeunte desviar-se da posição em que se move, fazendo-o deslocar-se até à montra ou até mesmo levando-o a entrar no ponto de venda, provocando-lhe por vezes o consumo.
Os estímulos referidos e em estudo são: a montra, o vestuário, as cores, a luz, a marca e os preços. Assim:
· A montra como forma de manipular o observador e levá-lo à compra (Demetresco, 2000);
· Porque a montra “vende” um produto, que no caso em estudo é o vestuário, enquanto roupa e moda. Temos o vestuário como estimulante à compra por motivos de ornamentação, comunicação e protecção (Eco, 1989);
· As cores enquanto elemento estimulador da observação, do desejo de preferência pelo produto ou indutor de bem-estar no ponto de venda, tornando o ambiente aprazível, fazendo com que a compra seja ainda mais agradável (Farina, 1975; Golding, 1997);
· A luz como elemento influenciador quer na qualidade do estímulo enviado, quer na qualidade da compra. A iluminação pode influenciar a imagem percebida da loja e o processo de análise e manuseamento dos produtos pelo cliente (Baker et al, 1992; Areni e Kim, 1994), (Net1);
· A marca, agente de referência e influência na decisão de compra (Aaker, 1998);
· Os preços são diferentes nos dois períodos em estudo. No primeiro período, época de saldos e por isso venda de roupa fora de moda, consequentemente preços mais baixos quando comparados com os do segundo período que são de início de estação e, por isso mesmo, início de um período de nova moda. O nível de preços afecta directamente a atracção do consumidor (Parente, 2000). Enquanto uns consumidores compram sem dar demasiada importância ao preço, outros vêem no preço o principal factor de decisão (Zeithaml, 1982; Wakefield e Inman, 1993). O facto de existirem dois períodos com preços distintos pode ser motivo de preferência por compras em época de saldos ou em período de início de estação.

Julio Gonçalves



sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Montra de Setembro de 2010


“Fazer uma montra é exercitar o poder de sedução em altíssimo grau de intensidade dentro de limitados meios de e tempo” Maria Bonomi


Ao olhar uma montra, ainda que rapidamente, podemos ser atraídos por ela de uma forma muito subjectiva que nos conduz a um desejo, entrar numa loja e comprarem um produto. Nesse processo tão comum em diversas cidades do mundo muitas pessoas não pensam sobre a criatividade, a objectividade e planeamento que existe por detrás deste trabalho, e, principalmente, no facto de que ela é uma expressão artística.
Á montra cabe, como foi dito por Maria Bonomi, “produzir um instante mágico de amor à primeira vista”. Ela deve ser atractiva a visão de quem passa, transmitir uma mensagem visual que prometa algo e estimular a compra do produto.
Esta montra apresenta uma forma criativa de conseguir um efeito muito interessante, ou seja aproveitando o lançamento dos rolo de papel higiénico as cores da Renova, conseguiu-se uma forma criativa de cenário a baixo custo.

Montras das flores - verão 2010

A montra é uma das principais ferramentas de trabalho do lojista e a importância de sua valorização é muito grande, já que ela é considerada a interface entre a loja e o consumidor” Roberta Accioly Gerhard



A montra é uma das principais ferramentas de trabalho do lojista e a importância da sua valorização é muito grande, já que ela é considerada a interface entre a loja e o consumidor. O seu sucesso depende da maneira como ela é montada, um bom projecto é dispensável nesse processo, e pode levantar a moral da loja com isso aumentar as suas vendas.




O Grupo conselheiros da Visão lançaram durante o verão uma “montra” para todas as lojas interessadas do grupo em vinil com flores. Sendo o centro o logótipo do grupo. Estas mesmas flores vinham em banda para serem colocadas na montra.
No projecto desta montra, foi tentar criar uma prescritiva em 3D, para tal foi necessário tirar os moldes das flores originais e reproduzir em felpo, sendo estas colocadas em troncos de árvores na parte interior da loja, no vidro foram colocadas as flores em vinil, criando assim uma ilusão óptica atractiva e apelativa.